Os doentes com VIH/sida que são seguidos no Hospital Curry Cabral podem levantar a sua medicação nas farmácias comunitárias.
Sob a coordenação de Hélder Mota Filipe, vogal do Conselho Diretivo do Infarmed e professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, o projeto será alvo de uma avaliação independente, a cargo do Imperial College de Londres, e os resultados irão permitir aferir a sua mais-valia nos planos clínico, económico e social, entre outros parâmetros, e decidir sobre a sua continuidade, alargamento e eventual remuneração.
Ficam abrangidos nesta fase cerca de 800 doentes acompanhados no Hospital Curry Cabral, cuja participação tem cariz voluntário, podendo selecionar a farmácia em que desejam receber a sua medicação ou optar por continuar a ir levantá-la ao hospital.
A dispensa de medicamentos para o tratamento do VIH/sida nas farmácias comunitárias é uma das medidas previstas no programa de Governo, onde se assume o compromisso de “valorização do papel das farmácias comunitárias enquanto agentes de prestação de cuidados, apostando no desenvolvimento de medidas de apoio à utilização racional do medicamento e aproveitando os seus serviços, em articulação com as unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), para nelas ensaiar a delegação parcial da administração de terapêutica oral em oncologia e doenças transmissíveis”.
O Ministério da Saúde realça que “graças a esta medida, muitos doentes que até agora tinham de percorrer longas distâncias, todos os meses, para se deslocarem ao hospital e levantarem a sua medicação VIH, tendo muitas vezes de faltar ao trabalho e com custos de deslocação associados, poderão passar a levantar a sua terapêutica, de forma mais cómoda, numa farmácia da sua preferência”.
Intervindo na sessão de lançamento do projeto piloto, a bastonária da OF destacou a necessidade de inovar e ensaiar novos modelo na organização dos cuidados de saúde, colocando sempre as necessidades dos cidadãos no centro das opções políticas.
Ana Paula Martins destacou a colaboração institucional e interprofissional na implementação deste projeto-piloto, particularmente entre farmacêuticos hospitalares e farmacêuticos comunitários, e também o envolvimento da OF na formação destes profissionais.
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