A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou uma lista de 113 testes para deteção e diagnóstico de condições comuns e doenças prioritárias, entre as quais o VIH, VHB, VHC, HPV, tuberculose, malária e sífilis. Semelhante à Lista de Medicamentos Essenciais da OMS, que publicou há 40 anos, a Lista de Diagnósticos Essenciais destina-se a servir como referência para os países atualizarem ou desenvolverem a sua própria lista de diagnósticos essenciais.
O catálogo
concentra-se em testes de diagnóstico in vitro, tendo o sangue e urina como
amostras, num total de 58 testes para deteção e diagnóstico de uma ampla gama
de condições comuns e 55 testes para a deteção, diagnóstico e monitorização de
doenças “prioritárias”.
“Um diagnóstico preciso é o primeiro passo para obter
um tratamento eficaz”, referiu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom
Ghebreyesus. “Ninguém deveria sofrer ou morrer por falta de serviços de
diagnóstico, ou porque os testes certos não estavam disponíveis”, defendeu.
“O nosso objetivo é fornecer uma ferramenta que possa ser
útil a todos os países, testar e tratar melhor, mas também usar os fundos de
saúde de forma mais eficiente, concentrando-se nos testes verdadeiramente
essenciais”, acrescentou Mariângela Simão, diretora-geral adjunta.
Para cada categoria de teste, a Lista de Diagnósticos
Essenciais especifica o tipo de teste e uso pretendido, formato e se está apropriado
para os cuidados de saúde primários ou para estabelecimentos de saúde com
laboratórios. A lista também fornece ligações para diretrizes ou publicações da
OMS sobre as respetivas doenças.
A OMS
atualizará a Lista de Diagnósticos Essenciais regularmente, sendo expectável a
sua expansão nos próximos anos. A OMS lançará nos próximos meses candidaturas para inscrições para adicionar categorias à próxima edição. A lista expandir-se-á significativamente nos próximos anos, incorporando assim áreas como a resistência antimicrobiana, patogéneos emergentes, doenças tropicais negligenciadas
e outras doenças não transmissíveis.