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OF estuda mercado de trabalho farmacêutico – Notícias


A Ordem dos Farmacêuticos (OF), através do Observatório da Empregabilidade no Setor Farmacêutico (OESF) e da Plataforma Ensino-Profissão (PEP), realizou um estudo junto dos seus membros para obter uma imagem atual da profissão farmacêutica. Procurou-se fazer um diagnóstico das diferentes áreas de exercício profissional e caraterizar a empregabilidade e o acesso ao mercado de trabalho no setor farmacêutico.

Os resultados deste trabalho indicam que a taxa de desemprego entre os
farmacêuticos é inferior à média nacional (4,4% contra 7%), e menor ainda entre
os jovens farmacêuticos (com menos de 30 anos), não ultrapassando os 2,8%. De
entre as diversas áreas de intervenção dos farmacêuticos, a “Farmácia
Comunitária” é a que regista maior procura por parte dos recém-licenciados, mas
é também a que tem maior número de farmacêuticos em situação de desemprego. Mais
de 60% dos farmacêuticos atualmente desempregados residem na região Norte do
País.

Cerca de 30% dos inquiridos referiu ter sentido algum tipo de
dificuldade para ingressar no mercado de trabalho, justificadas com a reduzida
oferta na área profissional pretendida e com mercado farmacêutico em geral, mas
também com a falta de experiência profissional e de ofertas de trabalho na área
de residência.

O tempo médio entre a conclusão do Mestrado Integrado em Ciências
Farmacêuticas e a entrada no mercado de trabalho é genericamente reduzido: 80%
dos inquiridos disse ter aguardado, no máximo, três meses até iniciar a sua
atividade profissional.

Os farmacêuticos mais jovens têm hoje maiores dificuldades no acesso ao
mercado de trabalho do que as que foram sentidas pelos colegas das faixas etárias
superiores (entre os 30 e os 60 anos). Entre os mais novos, 71,5% diz ter
iniciado atividade em menos de três meses, um valor inferior aos profissionais
que têm hoje entre 30 e 60 anos (com valores na ordem dos 90%). Os
farmacêuticos na faixa mais avançada (com mais de 60 anos) referiram ter
demorado mais de três meses, e até dois anos, a encontrar o primeiro emprego.

 Os resultados do inquérito mostram
também uma relação direta entre o vínculo de trabalho inicial e a idade dos
profissionais, ou seja, quanto menor a idade, maior a percentagem de indivíduos
que teve no início da sua carreira profissional um vínculo igual ou inferior a
um ano.

O estudo revelou que 40% dos farmacêuticos auferem entre 1.000 e 1.700
euros brutos mensais. Embora de forma residual, existem ainda farmacêuticos a
receber o salário mínimo nacional (no “Ensino e Investigação”, na “Farmácia
Hospitalar” e na “Farmácia Comunitária”).

Este trabalho revela ainda que os farmacêuticos da área das “Análises
Clínicas e Genética Humana” têm maior tempo decorrido desde a conclusão da
curso superior, o que explica algum envelhecimento da área profissional, por
comparação, por exemplo, com a “Farmácia Comunitária”, onde se encontra maior
número de profissionais com menor tempo decorrido desde a conclusão do curso.

Metade dos inquiridos considerou que estava relativamente bem preparado
para exercer a profissão no início da sua carreira, mas 82,1% referiu que
existem lacunas e áreas disciplinares pouco exploradas na formação graduada, em
especial a componente prática do exercício profissional e a gestão.

Independentemente do género, idade ou área profissional, 75,4% dos
farmacêuticos atribuiu elevada importância à formação contínua, sendo que 46,7%
frequentou estudos pós-graduados nos últimos anos. A percentagem é inferior entre
os profissionais que têm na “Farmácia Comunitária” a sua principal área
profissional, com 30% a reportar a frequência de estudos pós-graduados
conferentes de grau académico.

A maioria dos farmacêuticos estão “Satisfeitos” ou “Muito Satisfeitos”
com a profissão. Os farmacêuticos de indústria apresentam-se como os mais
satisfeitos com a sua situação profissional, por oposição aos farmacêuticos
hospitalares, que reportam menores índices de satisfação global.

O trabalho de campo, assente na realização de inquéritos telefónicos,
decorreu no mês de outubro de 2018 e envolveu 1.506 farmacêuticos, o que
corresponde a cerca de 10% dos membros da OF.

Clique aqui para aceder à apresentação do estudo.

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