Uma equipa de investigadores publicou um estudo que defende que uma mudança nos alvos terapêuticos pode criar a primeira vacina universal contra a gripe. O estudo publicado recentemente na revista The Lancet Infectious Diseases virou as atenções para uma proteína presente na superfície do vírus responsável por “orientar” o vírus para as células a infetar.
A nova abordagem permitiu ativar com sucesso os anticorpos responsáveis pelo combate à gripe em ensaios clínicos de fase I, um resultado que os investigadores consideram ser promissor.
Na base desta nova vacina, os investigadores focaram-se em parte da estrutura da hemaglutinina, com menor variabilidade entre as estirpes do vírus, o “caule”.
“A vacina induziu uma ampla resposta de anticorpos, que não foi apenas reativa para o vírus influenza humano atualmente em circulação, mas também para os subtipos de vírus influenza de aves e de morcegos”, refere o investigador o Florian Krammer da Icahn School of Medicine, em Nova Iorque.
“Foi surpreendente descobrir que a formulação inativada com adjuvante já induzia uma resposta anti-caule muito forte já após o início, sugerindo que uma vacinação pode ser suficiente para induzir a proteção contra os vírus da influenza pandêmica ainda por surgir”, acrescenta.