O serviço nacional de saúde inglês (NHS) tem vindo a apostar na implementação de serviços de genética médica, tendo estabelecido o ano 2025 para a integração plena dos testes de genética médica nos cuidados de rotina prestados no NHS. A presença de farmacêuticos nas equipas multidisciplinares garante uma comunicação mais efetiva com os utentes, explicando o impacto dos perfis farmacogenómicos na medicação e a influência de fatores não genéticos na resposta terapêutica.
O novo serviço de genética medica do NHS vai arrancar em
abril, com uma rede nacional de 13 laboratórios de genética, que vão estudar o
genoma dos utentes referenciados pelos centros regionais de genética médica, criados
a partir de 2014, no âmbito do projeto 10.000 Genomes, que visou a sequenciação
do genoma de cerca de 85 mil utentes portadores de doenças raras e cancro.
Os resultados são devolvidos a estes centros regionais para discussão
no seio de equipas multidisciplinares, antes da comunicação ao utente. Este
serviço visa também proporcionar uma intervenção e tratamento personalizado,
além de construir uma base de dados nacional, fundamental para a investigação e
realização de ensaios clínicos.
Uma rede de farmacêuticos apoiará a implementação deste serviço,
com equipamentos e formação prevista para todo o território, prevendo-se também
a criação de uma rede de farmacêuticos especialistas em genética humana.
A participação dos farmacêuticos revela-se particularmente
importante na transmissão dos resultados aos utentes, explicado como influenciam
a resposta terapêutica, mas também no contacto com o médico, para propor alternativas
terapêuticas ou advertindo para potenciais interações genético-medicamentosas em
futuras prescrições