Em entrevista à TVI, o novo coordenador da task-force,
Henrique Gouveia e Melo, revelou que estão a ser estudadas soluções para
aumentar a capacidade de vacinação no país, através da criação de postos de
vacinação em massa, alargamento de horários ou com recurso a outras estruturas
de saúde, como as farmácias.
O vice-almirante assegurou que o país tem capacidade para
aumentar o ritmo de vacinação, à medida são disponibilizadas mais vacinas,
estimando uma capacidade máxima para administração de cerca de 150 mil vacinas
por dia em períodos normais, número que poderá duplicar aos fins de semana.
Atualmente, avançou o responsável, o ritmo de vacinação
ronda as 22 mil vacinas por dia. A partir do segundo trimestre, se o calendário
de entregas de vacinas pelos fabricantes for cumprido, o ritmo deverá aumentar
para cerca de 80 mil vacinas por dia.
A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins,
renovou a disponibilidade para colaboração dos farmacêuticos comunitários, nos
termos acordados com o Ministério da Saúde, num regime de complementaridade,
ajudando assim a aumentar o ritmo de vacinação dos portugueses.
“Chegaremos a um momento em que teremos de vacinar quase 200
mil pessoas por dia. Nesse contexto, estou convencidíssima de que as farmácias
conseguirão seguramente ir até às 50 mil vacinas por dia”, adiantou a
bastonária, em declarações à comunicação social.
A representante dos farmacêuticos apelou, contudo, a um
planeamento antecipado do envolvimento das farmácias, com a participação de
todos os operadores, assegurando a prontidão das farmácias para iniciar a
vacinação quando decretado pelo task-force.