O Infarmed divulgou os dados relativos ao consumo de medicamentos em ambulatório durante o ano de 2022. O relatório revela um significativo crescimento dos encargos dos utentes e do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com esta tecnologia de saúde. O mercado de medicamentos comercializados nas farmácias comunitárias totalizou 2.384,4 milhões de euros, com aumentos 9,6% da despesa para o SNS e de 7,4% para os utentes.
A despesa do SNS com medicamentos cresceu quase 10% em 2022,
um valor justificado com o número de embalagens dispensadas (+7,4%) e com a
despesa em algumas classes terapêuticas, como é o caso dos antidiabéticos, onde
se registou um aumento superior a 20%.
Entre as áreas terapêuticas com maior crescimento de
encargos estão também os antidislipidémicos (+16,2%), por oposição aos
antipsicóticos, que registaram um decréscimo da despesa na ordem dos 12%.
Os encargos dos utentes com medicamentos também aumentaram
significativamente, ascendendo agora aos 816,8 milhões, ou seja, uma despesa
média de 82,80 euros por cidadão.
O custo médio por embalagem foi de 13,23 euros, mais 1,3% do
que no ano anterior, mas o encargo médio dos utentes por embalagem mantém-se
inalterado desde 2020, com 4,53 euros por unidade.
No total, foram comercializadas mais de 180 milhões de
embalagens de medicamentos, mais 12,5 milhões do que no ano anterior, pese
embora o número de consultas no SNS tenha diminuído 2,9%, ou seja, menos 1,4
milhões de consultas.
Quase metade das unidades de medicamentos dispensadas
corresponderam a medicamentos genéricos, cuja quota de mercado atingiu os
49,3%. A utilização de biossimilares também registou um crescimento nas três
substâncias ativas mais utilizadas: folitropina (+5,5%), insulina glargina (1,3%) e
enoxaparina sódica (12,7%).
Consulte o relatório
completo do Infarmed sobre a monitorização do consumo de medicamentos em
meio ambulatório.