A AFP saúda a decisão do Governo de comparticipar a 100% os testes rápidos de antigénio (TRAg) realizados por profissionais aos utentes, considerando que esta medida contribui para um maior grau de testagem e para a quebra de cadeias de transmissão mais precocemente.
Sublinhando que “as farmácias comunitárias estão, como sempre estiveram, disponíveis para colaborar por forma a mitigar a propagação do vírus”, Manuela Pacheco alerta, no entanto, que o preço estipulado para a realização destes testes não cobre os custos das farmácias, o que pode ter um impacto negativo na sua disponibilização.
“Nós queremos colaborar, mas este valor é manifestamente insuficiente”, explicou Manuela Pacheco, presidente da AFP. A responsável considera que “esta situação pode conduzir a que algumas farmácias que atualmente estão fazer testes TRAg, ou a trabalhar para implementar este serviço, optem por não o fazer, criando desigualdades no acesso ao utente”.
“Em vez de alargar a disponibilidade desse serviço à população, estamos a limitar, na medida em que nem todas as farmácias poderão ter capacidade para prestar esse serviço”, acrescentou a responsável.
Segundo a Portaria do Governo, cada utente tem direito a realizar até quatro testes TRAg totalmente comparticipados por mês. A medida de cariz excecional entrou em vigor a 1 de julho e vigora até 31 de julho, sem prejuízo de uma eventual prorrogação.